Como usar a logicidade autoprescritiva?
Autoprescrição é a determinação íntima em empreender ações, técnicas, procedimentos e experiências práticas objetivando alcançar a autocura de entraves, empeços e pertúrbios pessoais.
Prosperamos evolutivamente na medida em que acertamos na elaboração de autoprescrições passíveis de, metaforicamente, virar a chave, dar o click, trazer o insight, dar o pulo do gato e, então, iluminar o exercício de nova perspectiva, não abordada sob aquele ângulo específico.
A natureza humana não falha. Vamos nos cercar positivamente de boas soluções, realistas e factíveis, para reverter tendências imaturas já mapeadas, utilizando a logicidade autoprescritiva.
Para terem resultado, as autoprescrições traçadas devem ser afeitas à singularidade da consciência. Trata-se de autodeliberação raciocinada perante tendências pessoais à tergiversação, escamoteamento, ludibriação e fuga aos autodiagnósticos traçados.
Em que se baseiam as autoprescrições?
Os pensamentos, sentimentos e energias são ferramentas palpáveis e concretas, à disposição do livre-arbítrio da consciência. Pensenes sadios saciam a consciência faminta e sedenta de evolução.
A consistência dos esforços cosmoéticos permite a aplicação justa do autortoabsolutismo, do autoimperdoamento, da busca pelo acerto e realização de autocorreções continuadas.
Evolução requer inevitavelmente ação. “Toda neoverpon precisa frutificar. Se permanece apenas como excentricidade é mera ideia gorada” 1.
Existem diferentes tipos de autoprescrições?
As autoprescrições podem ser abordadas em várias categorias, preferencialmente usadas em conjunto: proposta de novo comportamento evolutivo, cessação de atitude improdutiva, exercício de tonalidade afetiva sadia, vivências bioenergéticas autodesintoxicadoras, dentre outras.
Os efeitos positivos hauridos das autoprescrições são observados, por exemplo, no estabelecimento e reforço de neossinapses autodesassediadoras, capazes de nos colocarem em movimento proevolutivo contínuo.
Que aspectos atentar para a elaboração das autoprescrições?
A autoprescrição nasce fundamentalmente da autodecisão. Trata-se de resolução madura, cultivada com critério e discernimento máximos. O momento do turning point evolutivo começa no pen do pensene.
O pacote ideativo das neodecisões irá embasar ações terapêuticas escolhidas pela própria consciência e, preferivelmente, deve ser:
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Carregado de significado pessoal, ou seja, pautado em fatos e parafatos singulares que justifiquem para si mesmo o empenho na mudança. A compreensão do alcance da ideia deve causar ressonância dentro de si.
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Detalhável nas menores condutas mentais e ações mínimas do dia a dia, e não em afirmações genéricas vazias.
Em que exemplos de autoprescrições podemos nos inspirar?
A título de esclarecimento, segue proposta de 30 itens passíveis de compor o receituário pessoal evolutivo, seguidos de exemplos práticos. Estes funcionam ao modo de slogans de conduta prescritos pela consciência por si mesma e para si mesma enfrentar-se perante os desafios evolutivos do momento.
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Não desperdiçar as chances evolutivas desta vida humana. Ex.: identificar e criar oportunidades de contribuir em projeto assistencial alinhado aos objetivos evolutivos pessoais.
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Valorizar e agir de modo coerente e consistente aos aportes existenciais. Ex.: bancar e sustentar compromissos interassistenciais junto ao grupo evolutivo.
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Eliminar autoleniências. Ex.: cortar branduras perante autocorrupções já identificadas.
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Nulificar o megatrafar. Ex.: ir direto ao ponto nevrálgico da reciclagem intraconsciencial premente.
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Eliminar o próprio mal pela raiz. Ex.: “morder na língua” ao se ver pensando mal de alguém, cortando refluxos anticosmoéticos.
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Ser bombeiro dos próprios incêndios emocionais. Ex.: fenecer os primeiros sinais de medo, raiva, tristeza, desprezo e/ou aversão, utilizando a racionalidade paracientífica.
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Atuar enquanto amparador técnico de si mesmo. Ex.: raciocinar sobre soluções evolutivas e não se afundar nas problemáticas.
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Exercitar o autorrespeito e o amor-próprio equilibrado. Ex.: não se permitir autossabotagens perante o nível de evolutividade já alcançado.
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Honrar a lucidez conquistada. Ex.: produzir mais intelectualmente, distribuindo sementes das autorreflexões sadias.
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Vislumbrar neopatamares evolutivos. Ex.: motivar-se a alcançar níveis crescentes de autodesassedialidade.
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Colocar-se diariamente no eixo evolutivo. Ex.: conferir a prioridade de cada ação empreendida no dia a dia, validando-a ou descartando-a, conforme a bússola do autodiscernimento.
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Estar na estrada principal do crescimento pessoal. Ex.: manter-se alinhado ao objetivo das autorremissões prioritárias já listadas.
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Abordar de frente as tendências nosográficas. Ex.: exercitar a ação trafaricida.
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Assumir novos padrões homeostáticos. Ex.: estabelecer o oásis holopensênico pessoal autolúcido.
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Atuar ombro a ombro junto aos amparadores. Ex.: fazer jus às inspirações parassistidas na tenepes.
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Progredir nos autoesforços recompensadores. Ex.: exercitar a atuação enquanto minipeça lúcida dentro da engrenagem evolutiva universal.
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Despojar-se das apriorismoses e seus efeitos coarctantes. Ex.: abrir mão de fossilizações ideativas antidiscernidoras já identificadas.
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Eliminar teimosias antiprodutivas. Ex.: cortar caprichos, cismas, birras e impulsos egocentrados.
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Eliminar acumpliciamentos anticosmoéticos de qualquer natureza. Ex.: evitar criar interprisões grupocármicas e comprometer-se a limpar as existentes.
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Cercar-se de boas ideias. Ex.: selecionar criteriosamente livros, vídeos e outras fontes de informação para alimentar sadiamente o mentalsoma.
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Cultivar as boas companhias. Ex.: realizar trocas produtivas de saberes, afetos e energias junto a colegas e amigos evolutivos.
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Dar de si aos outros, sem pedir nada em troca. Ex.: ajudar, apoiar, auxiliar e contribuir onde for possível e pertinente.
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Experimentar mais e falar menos (verbação). Ex.: avançar paulatina e firmemente nos estágios subsequentes, sem alardear mudanças.
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Responsabilizar-se pelo autoexemplo inerente à movimentação evolutiva de todos. Ex.: compreender que as autoescolhas, por mais simples que aparentem ser, impactam inevitavelmente em outras consciências.
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Não desistir perante erros e dificuldades. Ex.: avaliar as escorregadelas cometidas e reinvestir nas autortodeterminações.
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Ser a gota d´água limpa no mar contaminado. Ex.: manter o foco na responsabilidade íntima da recin intransferível.
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Expandir a mente para neoperspectivas. Ex.: visualizar resoluções criativas favorecedoras do crescimento evolutivo exponencial das consciências.
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Não dormir no ponto evolutivo. Ex.: fiar-se nos autoesforços empreendidos dia a dia.
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Saborear as mudanças positivas. Ex.: felicitar-se internamente pelos resultados alcançados, sem cabotinismo.
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Constituir-se dia a dia, tal qual obra inacabada. Ex.: continuar no megafoco autocurativo hoje, aqui, agora, já.
As autoprescrições começam em formulações ideativas afinadas às autossuperações almejadas, por isso a importância de frases-lembretes de porções mais maduras da manifestação pessoal, para auxiliar na concretização de mudanças evolutivas.
Lemas proevolutivos como estes podem fazer parte da vida pessoal cotidiana, ao modo de sinalização oportuna à dinamização das reciclagens intraconscienciais, sendo devidamente adaptados à própria realidade.
Funcionam bem aqueles itens que mexem no brio pessoal, promovendo a sacudidela necessária para a saída da inércia de determinado ponto, sendo investimento evolutivo acertado.
E você, já elaborou as suas autoprescrições? Qual o grau de logicidade das suas próprias determinações?
Autora: Flávia Aouar, consciencioterapeuta e voluntária da Organização Internacional de Consciencioterapia (OIC).
Saiba mais sobre o assunto:
Referência Bibliográfica:
1. Vieira, Waldo; Dicionário de Argumentos da Conscienciologia; revisores Equipe de Revisores do Holociclo; 1.572 p.; 1 blog; 21 E-mails; 551 enus.; 1 esquema da evolução consciencial; 18 fotos; glos. 650 termos; 19 websites; alf.; 28,5 x 21,5 x 7 cm; enc.; Associação Internacional Editares; Foz do Iguaçu, PR; 2014; página 360.