Você mantém rotina útil ou utiliza seu tempo de maneira improdutiva?

 

Talvez essa pergunta não faça sentido para quem não valoriza a autoevolução ou a oportunidade da interassistência multidimensional diária.

 

O intermissivista, conscin erada e ciente dos compromissos proexológicos, percebe não ter renascido ou ressomado por acaso, mas para cumprir alguma tarefa. Essa sensação íntima o impulsiona a buscar formas ou rotinas nas quais possa levar tudo de eito, com produtividade interassistencial.

 

Conhecer e aplicar técnicas otimizadoras de autorganização, por exemplo, a técnica da rotina útil, pode dinamizar a produtividade 1.

 

A constância e manutenção da rotina útil cria neo-hábitos saudáveis que, ao longo do tempo, firma a vontade e enraíza a interassistência a nível multidimensional.

 

“As rotinas detalhistas assentam as pararrotinas detalhistas” 2.

 

 

Quais os passos para se estabelecer uma rotina útil?

 

“A rotina útil é a técnica da sequência lógica, temporal ou diária de atos ou procedimentos constantes, impostos tecnicamente à própria vida pessoal, por força da repetição de hábitos sadios e uniformes, capazes de potencializar a consecução cosmoética da programação existencial específica da conscin lúcida” 3. 

 

Os seguintes efeitos podem ser observados na aplicação da técnica da rotina útil:

 

1. Qualificação dos hábitos pessoais.

2. Melhora da autorganização e produtividade.

3. Identificação do modus operandi ou do jeito de funcionar diário.

4. Bem-estar a partir do checklist das metas diárias realizadas.

5. Ampliação da autocognição pela identificação dos valores pessoais, trafores, trafares e trafais na análise da rotina.

 

Antes de estabelecer uma rotina útil, é interessante investigar e detalhar aquela sequência de ações já constituída. Eis três etapas importantes antes da implementação da técnica da rotina útil:

 

I. Diagnóstico inicial:

 

1. Listar as atividades da rotina diária durante 1 semana.

2. Identificar se as atividades correspondem às metas estabelecidas.

3. Classificar o que considera produtivo ou improdutivo.

 

II. Planejamento:

 

1. Descartar ações consideradas improdutivas.

2. Traçar metas evolutivas de curto, médio e longo prazo.

3. Organizar a agenda em planilha semanal, composta dos dias da semana na horizontal e o tempo (intervalo de 1h) na vertical.

4. Manter a constância da rotina autorganizada.

5. Avaliar semanalmente o desempenho da técnica.

6. Fazer os ajustes necessários.

 

III. Premissas:

 

1. Considerar os imprevistos. Flexibilizar, se necessário.

2. Atender ao prioritário.

3. Atentar-se para o megaobjetivo, sem perder a atenção aos pequenos acontecimentos do cotidiano.

4. Respeitar a fisiologia humana: exercícios físicos, alimentação, horas de sono, contatos sociais.

5. Atender a todas as áreas da vida humana.

6. Considerar o tempo de deslocamento entre as atividades.

 

Se o desempenho na aplicação da técnica se mostrar insatisfatório por muitas semanas seguidas, é necessário identificar se as rotinas propostas estão coerentes com os valores pessoais, ou se não são prioritárias nem condizentes com o atual momento evolutivo, ou, ainda, investigar outros motivos, por exemplo, fuga da autorresponsabilidade.

 

Por exemplo, no planejamento das metas, a pessoa estabeleceu usar 3h da agenda diária para a escrita do livro, porém trabalha 8h por dia e gasta 2h para ir e voltar do trabalho. Nesse caso, o coerente seria reservar o horário da escrita para o final de semana ou diminuir para 1h o tempo de escrita durante a semana.

 

 

Qual a relação entre o estabelecimento e manutenção da rotina útil com a Cosmoética?

 

A programação existencial do intermissivista tem orientação para a assistência a grupo ou grupos espe­cí­ficos. Houve planejamento prévio, relacionado ao paradever, segundo o princípio prático da Conscienciologia: “que aconteça o melhor para todos” 4.

 

O não cumprimento das metas pode significar atraso evolutivo ou falta de cosmoética perante si mesmo, pelo abandono dos autocompromissos firmados, tendo em vista a máxima: “Dever para consigo mesmo: o aprimoramento consciencial, evolutivo, cosmoético” 5.

 

Ao identificar marasmo, procrastinação, atraso evolutivo, desvio de proéxis; ou então, em perfis dinâmicos, constatar dispersão, desorganização, dificuldade em manter a disciplina, a ordem e o continuísmo (síndrome da dispersão consciencial), o mais cosmoético é partir para o autoenfrentamento com ações práticas. A técnica da rotina útil pode auxiliar sobremaneira nesses casos.

 

O livre-arbítrio aplicado à escolha da rotina útil, pode ser um indicador de inteligência evolutiva da conscin.

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Autora: Ermania Ribeiro, consciencioterapeuta e voluntária da Organização Internacional de Consciencioterapia (OIC).

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